domingo, 15 de novembro de 2009

III

É assim mesmo como dizem:
"nasce-se sozinho, e se morre sozinho"
Impossível é viver sozinho.
Vejo gente desde a hora que levanto,
depois pelo meu dia todo até a hora de dormir.
Há muita gente que me sorri,
que até se importa se estou bem
mas não há quem me entenda...
Não se me deixo inteira à mostra.
Em amostras pequenas sim
Se divido-me em dez partes,
encontro uma pessoa para cada uma delas
Mas se as junto, elas se afastam.
No fim, o que mais me importa não importa a mais ninguém.
E me nego várias coisas
Não me penso como minha companhia...
E que adianta saber que sou assim, sem mudar?
Queria daqui pra frente me bastar
Se quero ir ao teatro, vou, mesmo que sozinha
Aquele filme, que ninguém entende ou não gosta?
Vou assistir!
Sabe as músicas que se agrupam ao longe das que fazem sucesso?
Serão delas a minha trilha sonora.
Fazer o quê se me falaha a companhia externa?
Vou comigo, porque a vida me espera,
E eu não posso chegar atrasada bem nessa peça.
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Poquinho de revolta antes de dar td certo e ir ver o teatro que eu queria taaanto!
no final, deu certo ;D

sábado, 14 de novembro de 2009

II
Queria da minha vida um musical
canções, danças, gente sorridente atrás de um mesmo ritmo
Com meu próprio roteiro e direção
não sei conceituar arte
mas alguma de suas faces sempre me aparece
porque ela simplesmente está em mim
assim como o lápis está no estojo
ou seria melhor, o estojo está no lapis?
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a terceira e ultima eu posto mais tarde ;D

continuando..

Esses dias, caçando uma folha no meu fichário hiiper organizado,
eu achei umas coisinhas que eu tinha escrito e nem lembrava...
Deve ter sido em outra aula de física ou algo parecido..ushasuahusahusah
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I
Finjo tão bem que sei fingir
Mas a verdade é que eu me importo sim
com todos, com tudo
Nada me passa desapercebido
Sempre que passam, tiram algo de mim
-As vezes me tiram a paciência,
as vezes me tiram o bom humor,
as vezes me tiram a esperança...
Mas vá lá, isso eu já não tenho muito
As vezes me tiram a certeza
e como é dilacerante sentir a inutilidade...-
parasitas sugadores de qualquer sinal de felicidade alheia
Ainda bem que não é só esse tipo que passa por mim
Existem ainda os que me tiram o cansaço
com qualquer piada ou sorriso...
Tiram os maus pensamentos e os enterra
Há quem me tire da inércia
e me leve a conclusões que eu não chegaria sozinha
Vivo neles, são minha poesia
minha arte do dia-a-dia

escrever, mesmo que mal, mas escrever...

Bom, estava eu numa tediosa aula de Física
(daquelas que você se pergunta 'por que eu paguei pra perder tempo de vida?')
quando com o caderno aberto e um lapis perto eu resolvi por em prática o que eu tinha ouvida na aula de literatura
'os modernistas tratavam do tema do cotidiano..'
Aíí eu resolvi escrever sobre nada mais, nada menos do que o CARRO!
(ou 'móvel', nos exercicios que fisica..)
por que não, neh? hsausahushushushauas
Bom, segue abaixo o que resultou :

Poetizando o carro

Indo além daquela cerca
Onde me limito a olhar,
nem penso em ultrapassar
vai um móvel de luz forte
Desenhando a estrada com seus pneus
E do escuro impalpável
O caminho toma forma
Se define ante meus olhos
..........................
O breu é uma infinidade de caminhos
Se outro móvel passasse
(com luz diferente ou não)
O caminho não seria o mesmo

Tenho o breu dentro de mim
E nele a infinidade de caminhos
Ah...Se ao menos houvesse a minha luz!
Mas esta brilha tão raramente que ilumina só vez ou outra
............................
O móvel seguiu, sumiu
Não sei para onde o caminho deu
Como posso eu então saber para onde o meu caminho vai dar?
Eu, que não me reabasteço de gasolina,
mas de coragem
Eu, que não produzo luz a partir de energia cinética,
mas a partir de sonhos?

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Ahh..pra uma aula de fisica naum tá taum mal neh?hsauhsahsauhsa

:*

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Crises são normais?
se são, devem servir para alguma coisa útil
-eu espero
das crises existenciais,a pior delas deve ser a de inutilidade
'mas ngm é totalmente inutil'..
-eu espero
levantar e ter o mesmo dia que tantos outros tem e tiveram
e por que isso influi mais em mim?
Não consigo mais controlar o que se passa cmg, nem as coisas das quais me importo
td que eu sempre soube fazer e sempre soube fazer bem se desintegraram
de alguma forma, eu naum sei..
quando acordei já estava assim, não pude nem brigar por isso
eu naum posso nem brigar por nada
Não sou desocupada.
Eu faço muitas coisas...o dia todo
eu naum tenho tempo pra futilidades, nem pras coisas que gosto
logo, sou completamente inutil
naum perante as coisas que me impuseram
(essas soh um pouco)
mas perante a mim, das coisas as quais me propus
sempre confiei e esperei de mim...já não eh mais assim
e como é horrivel ter que confiar e esperar nos outros!
sempre decepcionam..mas tbm, têm direito de fazê-lo.
Quando tudo isso acabar, eu vou sai dançando e cantando na rua
num dia de chuva e sol, e vai ser a melhor cena do meu musical
-eu espero
mas tenho pressa de ser

domingo, 24 de maio de 2009

antigas twiinidades ' A Carteira'

Eram meados de Janeiro.O sol inundava a cidadezinha de Ilha Comprida.
Estava eu longe de tecnologia, entre resquícios de urbanização.
Uma tarde, quando estava em minha rotineira caminhada na praia ao entardecer,
deparei-me com uma cena da qual nunca me esquecerei.
Eis oq ue aconteceu:

O sol estava quase se pondo.Na praia restava apenas algumas pessoas insistentes em permanecer ali.
Em um guarda-sol já isolado, uma família acabava de recolher seus pertences quando a filha do casal achou uma foto de uma mulher na carteira do seu namorado.
Ela, que já vinha ficando muito triste com sua turbulenta relação com os pais por eles naum aceitarem o namoro, ficou desolada com o que vira.
Não sabia o que pensar.Não sabia o que fazer.Ficou a olhar o mar, em silêncio.E foi caminhando para ele, como se ele a chamasse.
E ia, era a única certeza que tinha.Já não tinha mais o que perder.Nem o que viver.
O namorado achou a carteira jogada no chão, aberta na foto, um pouco adiante do guarda-sol.Virou para chamar a garota, e não a encontrou.Perguntou se tinham visto ela, e disseram que não sabiam, mas que na certa ela já retornaria.
O garoto aprentava aflição.Ficou olhando para os lados em busca dela, quando a avistou.
Ela já tinha chegado ao mar, seus pés já eram tocados pelas ondas.Logo as ondas a tocariam por inteiro.
Tinha o olhar fixo no horizonte, e naum respondia por mais que o namorado a chamasse.Ele foi ao seu encontro, e puxou-a pelo braço, ficando frente a frente.ali permaneceram, estáticos.
Ele a abraçou, e assim ficaram por um longo tempo onde só os corações resolveram quebrar o silêncio, e onde só as lágrimas resolveram se mover.
Então ele a convenceu a sair dali,ele sempre a convencia.
No retorno, ele dizia que não estava entendendo, e que ela lhe explicasse o que estava acontecendo.Ela não lhe respondeu, apenas sorriu com tristeza.
Quando chegaram ao guarda-sol,ela pegou a carteira e mostrou pra ele a foto.
Ele perguntou se era por aquela foto que a menina havia ficado daquele jeito, e ela respondeu que sim.Rindo, com um riso muito próximo de gargalhadas, ele disse que a história não passava de um mal-entendido, pois a carteira não era sua.
Ele também achou estranho uma carteira jogada ali no chão, mas nunca tinha visto a carteira, e muito menos a mulher da foto.
Confiante no anmorado e um pouco envergonhada com o que havia feito, a moça também riu e pediu desculpas a ele.Desculpas que foram aceitas com um beijo.
E a tal carteira ficou para trás, enquanto ela, o namorado e os pais iam embora.

Horas mais tarde tive a impressão de que vi o tal namorado voltar ao local.Depois disso, nem sinal de carteira.

Por: Jessica e Adriele.
:B sasauhsahuashuashu²

sábado, 2 de maio de 2009

#1

E agora José?
E agora, eu?!
Agora eu acho que se a festa acabou o que resta é limpar o que sobrou
O que resta é desfazer-se por inteiro do antes,
e agora ser somente agora.
Para que estar presa a aspirações passadas?
Passaram.
É de igual agonia também sofrer por antecedência..
Seu amanhã tão distante,sem que se dê conta
se fará presente num instante
Não se deixe surpreender.
Porque o amanhã vindo de repente nos deixa atados
com o que queríamos ter feito (e não fizemos).
Por isso, antes de se preocupar com o amanhã,construa seu agora:
Calmamente, dê as coloridas pinceladas,
contorne o que realmente precisa ser notado.
E se der algo errado?
Seu agora de amanhã será um novo quadro.
E agora?
O agora basta-se.